O Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP) ordenou o cancelamento do concurso n.º 35 A001641/IAOM/CP/16/2025, de quase 130 milhões de meticais, que o Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM) adjudicou à empresa Future Technologies of Mozambique, no dia 14 de Agosto de 2025.
O caso foi despoletado pelo Centro de Integridade Pública (CIP) esta semana, no qual aventou a possibilidade de falta de transparência, pois, associou o Ministro do MAAP, Roberto Paulo Albino, à Future Technologies of Mozambique.
O Ministro deu as caras, recusou qualquer associação com empresa vencedora do concurso e disse estar de consciência tranquila quanto a qualquer acusação relacionada.
“Tomamos conhecimento dessas polémicas. A primeira decisão que tomei foi de chamar o inspector do Ministério. Instrui a ele para entrar em contacto com o IAOM para procurar saber o que se passa, e mandei suspender o concurso, para, de facto, aguardar os relatórios, não só da nossa inspecção, mas também das entidades que fazem a fiscalização previa desse tipo de concursos, e depois vamos tomar uma decisão final em relação a isso” disse.
O Ministro congratulou a “denúncia” do CIP, e referiu que através da mesma, se apercebeu que tinha uma participação de dois por cento numa empresa que já não opera há mais de dez anos.
“Esse escrutínio é bom, tanto mais que me apercebi de uma participação de dois por cento numa empresa que não funciona há mais de dez anos e que pode prejudicar empresários. Então, já instrui juristas para tirar a minha participação. São 15 empresas que estão lá, e qualquer dia podem estar envolvidas num processo de financiamento, numa linha qualquer, e não quero que fiquem prejudicados porque sou Ministro” justificou, citado pela TV Sucesso.
Roberto Albino lamentou o facto de o caso ter despoletado sem que tenha sido contactado para prestar algum tipo de esclarecimento.
“Entretanto, foi bom, porque alertou de coisa que eu não sabia. E passo, desde já, a ter mais atenção no desígnio das minhas atribuições. Posso garantir que estamos de consciência tranquila em não termos feito nada que possa lesar o Estado” frisou, apelando que “os concursos obedeçam às regras” para evitar “escândalos de conflitos de interesse”.
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