O membro da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Elias Dhlakama, reconheceu hoje que a Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA) vai fortificar a oposição no país.
Apesar de reconhecer a mais-valia que é o partido encabeçado pelo ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane, o irmão de Afonso Dhlakama, antigo Presidente da RENAMO, diz que o partido não vai substituir o seu partido.
Ele falava hoje à TV Sucesso quando chamado a comentar sobre informações dando conta de supostos boicotes de membros da RENAMO para se juntarem ao ANAMOLA.
“É de respeitar. Em Moçambique há lugar para todos os partidos, cada um com seu espaço. O mais é de se pensar que ANAMOLA veio substituir a RENAMO. Não há uma relação entre ANAMOLA e a RENAMO. A única relação é que os dois partidos estarão juntos na oposição” disse.
Aliás, para Elias Dhlakama, o surgimento do partido fundado por Venâncio Mondlane é resultado da luta democrática da RENAMO.
“É de respeitar. O próprio Venâncio reconhece que, para hoje criar o partido ANAMOLA, dependeu, de grande modo, da RENAMO, que combateu durante 16 anos para que houvesse democracia em Moçambique que culminaria com o multipartidarismo. Significa, a origem de ANAMOLA depende da RENAMO” disse.
Ele frisou que a RENAMO não se vai deixar abalar pelo surgimento de novos partidos, até porque resistiu a tentativas de eliminação. Nisto, acusou a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) de ter financiado o Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD) de Raúl Domingos – negociador da RENAMO nos para os acordos de Roma – a fim de destruir a RENAMO.
“Raul Domingos, quando saiu da RENAMO, foi financiado pela FRELIMO. O material de propaganda, as capulanas, as camisetes, a única coisa que diferenciava era apenas as figuras que estavam lá, um era Armando Guebuza e outro era Raúl Domingos, mas os panos todos, as fábricas onde se fez eram as mesmas. O Raúl Domingos andou este país todo de helicóptero. Onde conseguiu dinheiro”? questionou.
Também apontou o caso do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) que não logrou sucesso ao tentar desbancar a RENAMO.
“Se hoje existe é por causa de Sofala. No dia em que for retirado Sofala vai desaparecer” notou.
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