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Luxoflex, pertença dos filhos de Filipe Nyusi, Margarida Talapa e Lúcia Ribeiro, tem dívida de quase 305 milhões de meticais ao BCI. "promiscuidade entre o político e o judiciÔrio".

Um novo escândalo envolvendo elites políticas e da justiça estÔ na ribalta em Moçambique. Um anúncio do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, datado de 26 de março deste ano, mas que foi tornado público esta semana, decretou uma ordem de execução à Luxoflex, Hipólito Michel Ribeiro Amad Ussene e à Mitra Energy. Em causa estão quase 305 milhões de meticais em dívida ao BCI.

A empresa de mobiliÔrio pertenceria também a Claudia Nyusi, filha do ex-Presidente da República, e à filha da presidente do Parlamento.

Chamado a comentar o caso, o economista JoĆ£o Mosca diz que este escĆ¢ndalo nĆ£o o espanta. Acrescenta, inclusive, que na sua opiniĆ£o nĆ£o se trata de "mĆ” gestĆ£o, mas de pura corrupção”.

Segundo Mosca, "a mÔ gestão nunca chega a esses níveis e não se deteta de qualquer maneira. Muitas vezes são empresas fantasmas, não têm gestão própria, não têm organização, não têm estrutura, não têm financiamento. Muitos destes casos que enumerei não acontecem em casos mal parados".

Mas o que mais afronta a sociedade são as ligações consideradas promíscuas entre os sócios ou próximos do negócio: o ex-Presidente Filipe Nyusi, a presidente do Conselho Constitucional (CC), Lúcia Ribeiro, e a presidente do Parlamento, Margarida Talapa.

Baltazar Fael, pesquisador da organização não-governamental Centro de Integridade Pública (CIP), alerta para a gravidade do caso, uma vez que, "se diz que uma das partes que tem uma ligação com esta empresa da senhora Lúcia Ribeiro, que é a presidente do Constitucional, é a filha da senhora Margarida Talapa, membro influente do partido FRELIMO".

"Houve eleições e nós sabemos que hÔ suspeitas de que o Conselho Constitucional agiu mal. Este tipo de promiscuidades que acontecem entre filhos dos membros do judiciÔrio e filhos de figuras proeminentes do partido FRELIMO é bastante grave quando depois temos eleições que nunca acontecem de forma transparente. Como também hÔ uma falta de transparência quando este órgão tem de decidir, exatamente por estas promiscuidades", explica.

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