Os profissionais de saúde moçambicanos ameaçam retomar a greve a partir de 30 de março, exigindo ao Governo melhores condições de trabalho, pagamento de horas extraordinárias e melhor enquadramento profissional.
"Os pacientes continuam a sacrificar os seus valores para comprar medicamentos, laboratórios sem reagentes e raio-X sem chapas para impressão, a comida dos pacientes continua uma vergonha, 99% dos pacientes continuam a adquirir as suas refeições", dissr hoje em conferência de imprensa, em Maputo, o presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave.
Há três anos que a APSUSM pede que o Governo providencie medicamentos aos hospitais, face à necessidade, em alguns casos, de serem adquiridos pelos pacientes, bem como a aquisição de camas hospitalares, a resolução da "falta de alimentação", ou o equipamento de ambulâncias com materiais de emergência e equipamentos de proteção individual não descartável, cuja falta vai "obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso", além de um melhor enquadramento no âmbito da Tabela Salarial Única (TSU).
A associação, que abrange cerca de 65.000 profissionais de saúde, acusou o novo executivo de "ignorar" as suas preocupações, no âmbito do seu plano dos primeiros 100 dias de governação. "O Governo assumiu o compromisso de reverter esta situação, mas infelizmente as nossas unidades sanitárias estão cada vez piores", declarou Muchave. (Lusa)
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