Com o objectivo de definir estratégias para o desenvolvimento sustentável, buscar soluções para a melhoria do ambiente de negócios e para os prejuízos causados aos empresários pelas manifestações, a Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) reuniu-se com o Ministro da Economia (ME), Basílio Zefanias Muhate.
No encontro, foram apresentadas várias propostas de medidas para reanimar a economia nacional e para restabelecer-se a confiança e segurança na sociedade e no tecido empresarial em particular.
A comitiva da CCM liderada pelo seu Presidente, Álvaro Massingue, propôs entre as medidas a adopção de políticas fiscais e financeiras que incluam uma moratória fiscal de médio prazo para apoiar a recuperação das empresas afectadas.
Para as reformas económicas, propôs a redução da burocracia excessiva, dos custos elevados para a formalização de negócios e a facilitação do acesso ao financiamento que continuam a ser entraves ao empreendedorismo; A simplificação dos processos administrativos, a digitalização de serviços públicos e a criação de linhas de crédito bonificadas para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs);
Os empresários consideram importante a adopção de medidas para a geração de divisas, uma vez que a sua falta compromete as importações de matéria-prima, e consequentementea disponibilização dos produtos para o consumidor final. O sector do turismo, um dos que também se ressente de toda a onda criada pelas manifestações uma vez que se registaram cancelamentos de voos por algumas companhias, propôs políticas que incentivem o turismo doméstico e regional.
Outra prioridade estratégica avançada, é a promoção da industrialização e do fomento das exportações, criação de políticas que incentivem a transformação local e o reforço da marca “Made in Mozambique”, promovendo produtos nacionais no mercado internacional.
O combate à corrupção, aos sequestros e a extorsão dos empresários e de estrangeiros à entrada no país, continuam a comprometer a estabilidade necessária para atracção de investimentos e consequente aumento dos postos de trabalho.
A indústria, com a falta de divisas, mostra-se comprometida visto que não consegue importar embalagem e o país não produz localmente esta matéria-prima e isto pode criar um caos e escassez de produtos nacionais nos próximos dias, pelo que urge resolver-se esta situação.
Por sua vez, o Ministro da Economia, Basilio Muhate, disse que os pontos levantados pela CCM e seus membros bem como as propostas apresentadas foram bem anotados e que iriam merecer uma atenção imediata e especial por parte do Governo, contudo asseverou que existe uma necessidade urgente de se discutir, em conjunto, algumas medidas, por sector, que impulsionem o rápido crescimento económico.
Na ocasião, Muhate convidou a CCM a integrar a equipa do ME, que também busca soluções imediatas ao impacto das manifestações.
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