Agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), na província de Sofala, acusam o Director da Ordem e Segurança Pública, Cassimo Aly, de abuso de cargo, extorsão e corrupção sexual.
Segundo o Centro para Democracia e Desenvolvimento Humano (CDD), que recebeu e divulgou a denúncia, Cassimo Aly ‘institui’ um esquema de designação de postos e promoção de agentes. Os interessados devem pagar, no primeiro caso, entre 30 mil e 100 mil meticais, e, no segundo, os valores chegam a 500 mil meticais.
Refere a ONG que os agentes interessados em manter suas posições devem pagar uma taxa semanal (todas as sextas-feiras) de cinco mil meticais, sob pena de ser transferido para áreas menos favoráveis.
Os denunciantes revelaram que o acusado utiliza dinheiro dos agentes para tratar de assuntos pessoais como pagar contas de bebedeiras em bares, alimentos e compra de material de construção para casa particular. “Ordens para essas compras são enviadas por grupos de WhatsApp”.
A carta-denúncia endereçada ao CDD, indica ainda que Cassimo Aly actuam como predador sexual, exigindo favores sexuais em troca de vantagens na corporação. As vítimas, na sua maioria, são agentes em início de carreira ou que ‘estão em banho-maria’ para cargos de maior responsabilidade.
“Quem se recusa a atender às exigências sofre represálias, como transferências arbitrárias para áreas remotas, rebaixamento de funções ou até suspensão de benefícios internos” escreve o CDD.
As vítimas sexuais são coagidas as ceder às exigências do Director da Ordem e Segurança Pública, e, muitas vezes, chefes de brigadas e superiores directos servem de intermediários de Cassimo Aly para com as visadas.
Os agentes pretendem uma investigação urgente e a remoção imediata do Director da Ordem e Segurança Pública.
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