‼👉A autarquia da vila Manhiça, a 70 quilómetros de Maputo, sul de Moçambique, precisa de cerca de 260 milhões de meticais

 


A autarquia da vila Manhiça, a 70 quilómetros de Maputo, sul de Moçambique, precisa de cerca de 260 milhões de meticais (3,8 milhões de euros) para a reconstrução das infraestruturas afetadas nas manifestações pós-eleitorais. O apelo é lançado pelo autarca local Luís Munguambe, que aponta igualmente a necessidade de compra do equipamento destruído ou roubado, incluindo as sete viaturas do município queimadas. 

Em causa está a tensão social pós-eleitoral que dura há mais três meses, na sequência das eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique. O autarca adianta que, desde o início dos protestos, foram destruídos "praticamente" todos os edifícios da vila e, até ao momento, não existe ainda o orçamento para reparação dos danos. 

Por outro lado, o presidente da Associação Nacional dos Municípios de Moçambique, João Ferreira, citado hoje pela comunicação social, afirmou que Manhiça foi a autarquia mais afetada pelas manifestações no país. E, por isso, reforçou, “o município merece cada vez mais a nossa atenção".

 

Moçambique vive desde 21 de outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas, primeiro, pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais. Desde outubro, pelo menos 327 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e cerca de 750 foram baleadas durante os protestos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais.

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